Tecnologias que estão mudando os negócios

publicado em 06 de julho de 2015
por Marco Fontaneti
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A revista PEGN de dezembro de 2010 publicou uma lista com 16 tecnologias que prometem estar presentes de forma mais efetiva nos negócios, para este ano de 2011.

A revista destaca que “apesar de a tecnologia se desenvolver e se transformar  rapidamente, seu crescimento é orgânico: os novos avanços surgem de  ideias antigas e seus desdobramentos. Muitas das tendências apontadas  para 2011 já vêm se desenvolvendo há algum tempo. A diferença é que só  agora se tornaram viáveis.”

Outro ponto a notar é que muitos destes conceitos se entrecruzam, por exemplo Cloud Computing,  Virtualização de Desktops e  Softwares Corporativos na Internet estão intimamente relacionados.

Dito isto, veja a lista das tecnologias (adicionei comentários e links com exemplos, sempre que possível):

1) BLUETOOTH 3 E 4

Neste ano, essas duas versões da tecnologia devem ganhar as  ruas, os smartphones e os notebooks. O Bluetooth 3 tem alta velocidade e  maior capacidade de transmissão de dados — e, com isso, oferece mais  possibilidades aos produtores de conteúdo. Já o Bluetooth 4 foi feito  para proporcionar um baixo consumo de energia. Suas aplicações vão desde  o fone de ouvido de celular a medidores de energia e marca-passos.

2) DESIGN 3D

Segundo a consultoria Jon Peddie Research, especializada em  computação gráfica, 2011 será o ano da popularização do design em 3D.  Por dois motivos: o mercado, que estava contraído por causa da crise,  está lançando novos produtos; periféricos para desenho em 3D, como  mouses especiais, finalmente serão vendidos a preços praticáveis.

3) ESCRITÓRIO NA CAIXA

O brasileiro ainda não conhece bem  a “caixa de conectividade”, mas nos EUA o aparelho já está disseminado.  Ele reúne serviços de voz, dados e rede, com as soluções necessárias no  escritório, como banda larga, telefonia VoIP, PABX, e-mails, servidor e  sistemas de segurança. O Office in a Box da americana SMC já está  disponível no país.

4) IDENTIFICAÇÃO DO CONSUMIDOR

Termos como monitoramento de redes sociais e buzz tracking (algo  como “rastreamento dos comentários”) devem fazer parte do vocabulário  de pequenas empresas. Analisar o que foi dito na internet pode ser a  melhor ferramenta para entender o consumidor, melhorar a qualidade dos  produtos e assegurar uma boa imagem para a empresa. Uma forma de fazer isto é acompanhar serviços que se dispõem a receber reclamações. Ou uma simples busca no Twiiter também pode ser reveladora.

5) CÂMERAS DE INFRAVERMELHO

Quer cortar despesas com a  manutenção de maquinário e sistemas elétricos? Compre uma câmera  fotográfica de raios infravermelhos. A tecnologia, considerada a mais  adequada para identificar diferenças de temperatura, já está disponível  para uso comercial a um preço relativamente acessível para pequenas e  médias empresas: a partir de R$ 10 mil.

6) COLABORAÇÃO

As plataformas de colaboração permitem a troca rápida de  informações entre seus membros, criando um repertório de soluções  valioso para a empresa e seus funcionários. Não é preciso ser um  megaempresário para contar com o privilégio. A nova tecnologia pode ser  usada tanto por pequenas empresas, setores específicos de um negócio ou  então por corporações gigantes, como Microsoft, Google, Cisco e IBM.

7) MASHUPS

Sites do tipo mashup são aqueles que usam conteúdos e  ferramentas de diversos outros endereços virtuais para criar serviços. A  novidade é que, agora, ter um site mashup será fundamental para  alavancar o seu negócio. Segundo os especialistas, os donos de sites que  queiram envolver seus clientes terão de criar uma arquitetura complexa,  combinando dados e aplicações de fontes como Google, Amazon, Wikipedia e  redes sociais.Veja aqui um exemplo de mashup que exibe preços dos combustíveis em diversos postos de uma localidade. O primeiro exemplo dado no item (4) Identificação do Consumidor também é um mashup.

8) BIOMETRIA DE VOZ

O reconhecimento da fala é uma  tendência para sistemas de segurança de dados. O Citibank da Austrália  já começou a implantá-lo em seus terminais e centrais eletrônicas, e o  governo dos Estados Unidos já manifestou sua intenção de utilizá-lo para  proteger seus serviços on-line.

9) MEDIDOR INTELIGENTE DE ENERGIA

Imagine se fosse  possível acompanhar e controlar o consumo energético da sua empresa via  computador. Ou melhor, programar os aparelhos para serem usados no  horário de menor tarifa. Essas e outras funções já são possíveis com  medidores inteligentes de energia. Para isso ocorrer, porém, é preciso  trocar os medidores de energia analógicos por modelos digitais. A  mudança já está sendo discutida pela Agência Nacional de Energia  Elétrica (Aneel).

10) CLOUD COMPUTING

A grande pergunta é: quando a nuvem vai pairar de vez sobre o  Brasil? Muitos empreendedores ainda não quiseram arcar com os custos da  mudança do modelo de servidor físico para virtual. A novidade é que  grandes empresas, como Google e Amazon, devem ter papel de destaque  nessa evolução, atuando como provedores de serviço, segundo um estudo do  banco de investimentos Barclays. Engana-se

quem acredita que esse é um  recurso inatingível. Empresas brasileiras já podem ter acesso a soluções  existentes na nuvem, como virtualização, gerenciamento remoto e  softwares corporativos baseados na rede.

11) COMPUTADOR COM COMANDO DE VOZ

Finalmente tornou-se possível navegar decentemente usando a voz.  A tecnologia não é novidade, mas demorou a emplacar devido à  complexidade da linguagem falada. Agora, novos algoritmos são capazes de  perceber inflexões na voz e acrescentar informações, como sotaque,  regionalismos e gírias. O reconhecimento ainda não é perfeito, mas já é  um alívio para quem tem os tendões doídos de digitar o dia inteiro.

12) COMPUTAÇÃO UBÍQUA

Ou “internet das coisas”, para os  íntimos. Em um futuro não muito distante, pequenos chips estarão  embutidos em praticamente todos os objetos, trocando informações em  rede. Esse diálogo irá gerar dados precisos sobre as condições e  localização dos produtos. É uma ferramenta valiosa para traçar estratégias operacionais de marketing e logística. De forma mais ampla, o Arduino é um exemplo maravilhoso do que pode ser feito neste sentido.

13) APLICATIVOS MULTICOISAS

Primeiro eles vão chegar à  TV. Em pouco tempo, porém, programas semelhantes aos encontrados no  celular deverão estar disponíveis até mesmo na sua geladeira. Já há  experiências utilizando o sistema Android, do Google, para transformar  um micro-ondas em um aparelho conectado à web. Por enquanto, as  funcionalidades ainda não são tão futuristas, mas pode-se dizer que  estão bem avançadas. O aplicativo Internet Apps da Vizio permite que o usuário utilize  Netflix, Flickr e Twitter em sua TV. Claro, para a moda pegar, é preciso  fabricar TVs que suportem os aplicativos, mas isso já começou a ser  feito. Um exemplo: a Samsung fechou uma parceria com a Microsoft para  fabricar um aparelho que leve o MSN para a TV. Note que os estes aplicativos multicoisas também se encaixam e fazem parte do conceito de Computação Ubíqua que acabamos de citar.

14) VIRTUALIZAÇÃO DE DESKTOP

Com as possibilidades da nuvem, as empresas devem pensar  seriamente na virtualização dos desktops. Com esse sistema, todas as  máquinas rodam em um único servidor virtual, mas cada uma mantém as  configurações próprias de seu usuário. É a melhor solução para acesso  remoto à máquina, já que proporciona compatibilidade de aplicações entre  os computadores e reduz gastos com hardware e energia.

15) SOFTWARES CORPORATIVOS NA INTERNET

Uma das promessas da nuvem são softwares corporativos on-line  que correspondam ao grau de exigência das empresas. Como não há  necessidade de instalação em um servidor físico, as licenças para esses  produtos são mais baratas. A modalidade é conhecida como SaaS (Software as a Service),  uma variação do modelo ASP (Application Service Provider). Um sinal do início da nova fase é a entrada  da Microsoft no mercado: seu Web Office irá competir com Google Apps,  Zoho e Think Free.

16) PAGAMENTOS MÓVEIS

Varejistas, fiquem atentos: em 2011, os clientes vão pagar suas  contas pelo telefone celular. Será possível fazer isso de duas formas —  via SMS ou por aproximação. Atualmente, o serviço já está disponível em  alguns bancos no país, mas a base de usuários ainda está restrita às  áreas de teste. Em 2011, porém, a Federação Nacional dos Bancos  deverá regulamentar o modelo de negócio que vai chegar às principais  praças brasileiras.

E você?
Qual sua visão ou experiência sobre o uso prático destas ou outras tecnologias no seu negócio?


Fonte: Revista PEGN (trechos selecionados, transcrição livre; grifos, comentários, exemplos e links meus)


Imagens: Revista PEGN